sábado, 28 de novembro de 2015

Crise de falta de água em Minas será avaliada pelo governo estadual

BETO NOVAES/EM/D.A PRESS

O nível dos reservatórios que abastecem a Grande BH melhorou com as chuvas acima da média nos primeiros dias de fevereiro, três semanas depois do alerta para a população reduzir o consumo em 30% para evitar rodízio, racionamento e sobretaxa na conta em três meses. Mas o risco de adoção de medidas drásticas permanece, porque o volume de água ainda é muito reduzido. O mais crítico é o Sistema Serra Azul, que em 2014 abriu fevereiro com 50,6% de sua capacidade. No dia 1º deste mês, tinha apenas 6,4% e, ontem, estava em 7,6%. Segundo especialistas, para recuperar o nível, será preciso chover na média ou acima dela nos próximos três ou quatro anos.

De acordo com a Copasa, o nível da água do Sistema Paraopeba nessa quarta-feira era igual ao de 17 de janeiro. “Portanto, nos últimos 25 dias, o volume reservado se manteve estável. Em janeiro de 2015, choveu apenas 50% da média histórica no mês”, nformou a empresa. A única chance de evitar rodízio ou racionamento, reforçou a Copasa, “é a redução espontânea de consumo em 30%. Mas, há 15 dias, essa economia estava em apenas 13%.

Na avaliação de especialistas, sem redução do consumo e aumento do índice pluviométrico, os reservatórios não terão capacidade para abastecimento até novembro, quando são esperados os maiores volumes de chuva.

sábado, 11 de agosto de 2012

Falta de Água em Maricá (RJ).

Dia 06 de agosto de 2012, aproximadamente 10h da manhã a CEDAE fechou os encanamentos de água de Marica/Itapeba, para favorecer as áreas com turismo por causa do feriadão e o povo pagando pela água que não vem.

A desculpa do governo foi a "Seca" a falta de chuva na região com falta de água sendo que nos últimos dias ocorreram chuvas bem fortes...

Moradores da área são obrigados a pagar por carros pipa que ainda não chegaram a toda a população de Maricá.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

'Falta de água ameaça o mundo'


Uma organização não-governamental da Grã-Bretanha está advertindo que duas em cada três pessoas em todo o mundo correm o risco de ficar sem água até 2025. A Tearfund está publicando nesta quinta-feira, Dia Mundial da Água, um relatório em que apresenta maiores detalhes sobre o problema da escassez de água nos países em desenvolvimento. Segundo a ONG, o consumo mundial de água cresceu duas vezes mais rápido do que a população mundial no último século - e os países mais pobres devem sofrer com isso, nos próximos anos. Ainda de acordo com o relatório da Tearfund, a maioria das pessoas sem água vão ser forçadas a deixar seus lares, provocando novas ondas de imigração.

domingo, 5 de setembro de 2010

Falta d'água ainda afeta 750 mil em São Paulo.


SÃO PAULO - Cerca de 750 mil pessoas continuam sem água na capital paulista, por conta do rompimento de um adutora da Sabesp, a companhia de saneamento básico do estado. A adutora, de um metro e meio de diâmetro, fica no Brooklin, na esquina das avenidas Chucri Zaidan e Roque Petroni Junior. Ao tentar fazer o conserto, a Sabesp descobriu que havia uma infiltração do Córrego do Cordeiro. O trabalho agora é tentar vedar a passagem, para que a água do córrego não se misture à água tratada e destinada ao consumo.

Estão sem água bairros como Morumbi, Butantã, Vila Sonia, Campo Belo, Americanópolis e Interlagos, além de consumidores dos municípios vizinhos de Embu, Cotia e Taboão da Serra. Na noite desta terça, bairros como Vila Sonia e Pirajussara receberam água provisóriamente. A Sabesp promete retomar nesta terça o abastecimento no Morumbi, bairro nobre da cidade.

De acordo com a Sabesp, todo o restante da região afetada será abastecido de forma parcial até que a adutora esteja em pleno funcionamento.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Falta de água será problema mundial para o século XXI.


Desperdício, descaso e contaminação podem levar à escassez da água. Reavaliar nossas próprias ações podem ajudar em muito.

Desde o surgimento da vida na Terra, a água é o elemento mais importante para a sobrevivência de todos os seres vivos. Sem ela, o planeta seria desabitado. Mesmo assim, a humanidade tem desperdiçado este recurso. Dados da ONU de 2006 revelam que até 2050 mais de 45% da população mundial não terá acesso à água potável.

Uma das teorias para o surgimento da água no planeta foi quando a Terra, até então uma bola incandescente, liberou gases de seu interior. Alguns desses gases eram compostos de amônia, hidrogênio, metano e o vapor d’água. “A água foi liberada através do vulcanismo há bilhões de anos atrás quando o planeta se resfriou”, explicou Waverli Neuberger, doutora em Ciências Biológicas e coordenadora da Agência Ambiental da Universidade

Metodista de São Paulo. A Terra é composta de 70% de água. A partir deste número, apenas 2,493% são de água doce. “Temos pouca água para o nosso consumo nos rios e lagos, sendo que a maior parte está nas geleiras e aqüíferos (água subterrânea)”, disse Waverli. Segundo ela, países árabes têm levado icebergs içados de navio para suprir a escassez de água em seus territórios, causando um grave impacto ambiental.

O mau uso da água tem causado preocupação em alguns países (em sua maioria europeus) e vários estudos tem sido realizados para tentar sanar o problema. “A revolução industrial não aconteceria sem a água. O ser humano não consegue ver que todos os itens industrializados precisam de água para serem produzidos, inclusive dinheiro”, afirmou o jornalista Roberto Haushahn, que teve a água como tema de seu trabalho de conclusão de curso.

Para fabricar cada quilo de aço são necessários 600 litros de água. Um litro de cerveja precisa de três a quatro litros. “A maior produtora de cerveja do Brasil gasta por ano 30 bilhões de água. Para se fazer uma folha de papel sulfite se gasta 380 litros”, disse Haushahn. “Se todas as pessoas do mundo consumissem como os americanos, seriam necessários cinco planetas Terra”, afirmou.

Previsões afirmam que nos próximos anos a guerra não será mais pelo petróleo e sim devido à escassez dos recursos hídricos. O Brasil é o país mais rico em água disponível para o consumo. Possuí 13,7 % de toda a água potável no mundo. “Se hoje nós temos guerra por causa de petróleo, como será quando a água se tornar escassa? Seremos, no mínimo, alvo”, disse Roberto Haushahn.

Águas subterrâneas poderiam ser uma alternativa para suprir as necessidades futuras. Mas não significa que os problemas acabarão. Um dos maiores aqüíferos do Brasil está no Sul e já abastece cidades próximas. “O Aqüífero Guarani que está no Sul do Brasil é imenso, mas há dados de que já esteja contaminado”, apontou Waverli. Além da contaminação, cidades que estão sob estas águas subterrâneas podem afundar com o uso indiscriminado. Um exemplo é a Cidade do México (MÉXICO), que enfrenta muitos problemas com a drenagem de água.



ÁGUA E SAÚDE
Da mesma forma que a Terra, o corpo humano é composto em média de 70% de água. A quantidade recomendada para o consumo diário varia de pessoa para pessoa. “A ingestão de água deve ser de 30 milímetros por quilo. Uma pessoa de 70 quilos deve ingerir 2,1 litros de água, por exemplo”, explicou o doutor João Marcos Rezende Mendes, médico cirurgião atuante da rede pública de saúde de São Paulo (SP). Além de consumida ao beber, a água está misturada aos alimentos como frutas, carnes, verduras, sopas, etc.

Atitudes simples do dia-a-dia ajudam a evitar o desperdício de água. Ao escovar os dentes ou lavar a louça evite deixar a torneira aberta o tempo todo, utilizando-a apenas quando necessário. Não se deve tomar banhos muito longos e recomenda- se fechar o chuveiro ao se ensaboar. Segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) 15 minutos de banho com o registro aberto consomem 135 litros de água. A empresa também aconselha a limpar a calçada com a vassoura e não com mangueiras, que consomem 279 litros em 15 minutos de uso. Para os motoristas, lavar seus carros uma vez por mês utilizando um balde e um pano são medidas que podem minimizar o desperdício.



Osmar Pereira

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

'Falta de água ameaça o mundo'

Uma organização não-governamental da Grã-Bretanha está advertindo que duas em cada três pessoas em todo o mundo correm o risco de ficar sem água até 2025.

A Tearfund está publicando nesta quinta-feira, Dia Mundial da Água, um relatório em que apresenta maiores detalhes sobre o problema da escassez de água nos países em desenvolvimento.

Segundo a ONG, o consumo mundial de água cresceu duas vezes mais rápido do que a população mundial no último século - e os países mais pobres devem sofrer com isso, nos próximos anos.

Ainda de acordo com o relatório da Tearfund, a maioria das pessoas sem água vão ser forçadas a deixar seus lares, provocando novas ondas de imigração.

Alimentos

Um dos piores efeitos da falta de água será o aumento do preço dos alimentos.

Em 2025, a Tearfund acredita que o volume de água necessário para produzir comida deve aumentar em 50%, devido ao crescimento populacional e à demanda por melhor qualidade de vida.

Como resultado da falta de água, a produção mundial de alimentos ameaça diminuir em 10%.

Em média, 70% da água mundial é usada na agricultura, mas na Ásia essa proporção cresce para mais de 90%.

Num mundo com cada vez menos água disponível, os países mais pobres vão ter que escolher se usam a água para irrigação, ou para uso doméstico e industrial.

"Para o 1,3 bilhão de pessoas que vive com US$ 1 por dia, o aumento do preço dos alimentos resultado da falta de água pode ser fatal", diz o relatório da Tearfund.

Gerenciamento

A ONG afirma que uma série de fatores colaboram com a crise que se avizinha, entre eles o fracasso dos países em desenvolvimento em regular, gerenciar e investir em seus recursos hídricos.

Quando esses problemas se juntam ao crescimento da população, o quadro fica ainda mais grave.

A população da China, por exemplo, deve crescer de 1,2 bilhão hoje para 1,5 bilhão em 2030, enquanto a demanda por água deve crescer 66% no mesmo período.

Na Índia, para resolver o problema da água a curto prazo, a Tearfund identifica o uso não-sustentável da água de lençois freáticos. Nova Delhi, por exemplo, deve esgotar suas reservas dentro de 15 anos.

Outro fator que aumenta a preocupação com a falta de água nos próximos anos é o aquecimento global - alguns cientistas prevêem um aumento na ocorrência de secas e o surgimento de mais desertos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Desmatamento e polítcas ineficazes são agravantes


A seca no sertão nordestino, está entre as questões mais graves do Brasil. Há séculos os governos têm tentado resolvê-la, sem sucesso.

As políticas de combate à seca no Nordeste remontam à época do
Império. D. Pedro 2º determinou a construção de açudes, entre outras ações, para diminuir os efeitos da estiagem, entre os anos 1877 e 1879.

O próprio imperador declarou: "Não restará uma única jóia na Coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome".

Em 1951, um grupo de estudiosos determinou os limites da região atingida por estiagens periódicas, que passou a ser chamada Polígono das Secas. Veja o mapa com as áreas atingidas pela seca, na época:

Reprodução/IBGE
O Polígono das Secas

A área abrangia os quase todos os estados do
Nordeste, menos o Maranhão, além do norte de Minas Gerais.

Causas da seca

Mas o Polígono das Secas aumentou de tamanho. O Maranhão, que estava "fora" da área de ocorrência de secas longas, vem enfrentando o problema nos últimos 25 anos.

Nas regiões atingidas, é comum a estiagem se prolongar por dois ou três anos. Isso gera uma situação de calamidade para milhões de sertanejos.

A ampliação da área da seca está relacionada à forma de ocupação humana nessa região, desde o século 16. Trata-se do uso predatório da terra, tirando dela o máximo possível em produtividade sem preocupação com o esgotamento.

O principal fator foi desmatamento excessivo que deu fim à vegetação em torno das nascentes dos rios. Isso mesmo: sem as árvores, secam o rio e a fonte de onde vem a água.

Sem a proteção do verde, o solo frágil e arenoso não resiste e a região torna-se árida. Com isso, o clima muda: há menos chuvas. E o lugar é ocupado pela caatinga, ou se transforma em deserto.

Indústria da seca

O primeiro órgão de combate à seca foi criado em 1909, chamava-se Inspetoria de Obras Contra as secas (IOCS). Em 1919 tornou-se a Inspetoria Federal de Obras Contra a Secas (IFCOS). Em 1945 ganhou novo nome: Departamento Nacional de Obras Contra a Secas (DNOCS).

Todos esses órgãos procuram definir metas e solucionar o problema com obras para armazenar água e suprir a população, a agricultura e a pecuária.

Mas tem sido insuficiente, como se vê pelo aumento da área atingida. Além do desmatamento, a seca do Nordeste está ligada à falta de políticas que realmente funcionem em benefício da população.

Durante a estiagem, o governo federal socorre os estados atingidos com envio de dinheiro para ser aplicado nessas áreas, cestas básicas para a população, perdão total ou parcial das dívidas de empréstimos tomados por empresários e fazendeiros. Estudiosos declaram que existe uma "indústria da seca", da qual alguns se beneficiariam de forma política e financeira.